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Cinzas e neve

Cinzas e Neve

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 O ÚLTIMO SERMÃO
Em 24 de agosto de 1662, dois mil ministros puritanos do evangelho foram excluídos de seus púlpitos, tendo recebido a ordem de não mais pregarem em público. O Ato de Uniformidade, baixado pelo parlamento inglês, conhecido pelos evangélicos como a Grande Ejeção, pairava por sobre a Inglaterra como uma nuvem espessa. Muitos líderes eclesiásticos da Igreja Anglicana, a religião oficial, estavam forçando os puritanos a cessarem suas prédicas ou a se moldarem à adoração litúrgica decretada por lei. Muitos ministros preferiam o silêncio à transigência. Com olhos marejados de lágrimas, milhares de cristãos humildes ouviram seu último sermão no domingo imediatamente anterior à data em que o Ato se tornaria lei. E, naquele último domingo de liberdade, os ministros puritanos provavelmente pregaram os seus melhores sermões. O sermão que passamos a transcrever, de modo um tanto abreviado, foi pregado por Thomas Watson a seu pequeno rebanho. ———— ——— ——— ——— ——— ——— -
Antes que eu me vá, devo oferecer alguns conselhos e orientações para vossas almas. Eis as vinte instruções que tenho a dar a cada um de vós, para as quais desejo a mais especial atenção: 1) Antes de tudo, observa tuas horas constantes de oração a Deus, diariamente. O homem piedoso é homem “separado” (Sl 4.3), não apenas porque Deus o separou por eleição, mas também porque ele mesmo se separa por devoção. Inicia o dia com Deus, visita-O pela manhã, antes de fazeres qualquer outra coisa. Lê as Escrituras, pois elas são, ao mesmo tempo, um espelho que mostra as tuas manchas e um lavatório onde podes branquear essas máculas. Adentra ao céu diariamente, em oração. 2) Coleciona bons livros em casa. Os livros de qualidade são como fontes que contêm a água da vida, com a qual poderás refrigerar-te. Quando descobrires um arrepio de frio em tua alma, lê esses livros, onde poderás ficar familiarizado com aquelas verdades que aquecem e afetam o coração. 3) Tem cuidado com as más companhias. Evita qualquer familiaridade desnecessária com os pecadores. Ninguém pode apanhar a saúde de outrem; mas pode-se apanhar doenças. E a doença do pecado é altamente transmissível. Visto não podermos melhorar os outros, ao menos tenhamos o cuidado de que eles não nos façam piores. Está escrito acerca do povo de Israel que “se mesclaram com as nações e lhes aprenderam as obras” (Sl 106.35). As más companhias são as redes de arrastão do diabo, com as quais arrasta milhões de pessoas para o inferno. Quantas famílias e quantas almas têm sido arruinadas pelas más companhias! 4) Cuidado com o que ouves. Existem certas pessoas que, com seus modos sutis, aprendem a arte de misturar o erro com a verdade e de oferecer veneno em uma taça de ouro. Nosso Salvador, Jesus Cristo, aconselhou-nos: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores” (Mt 7.15). Sê como aqueles bereanos que examinavam as Escrituras, para verificar se, de fato, as coisas eram como lhes foram anunciadas (At 17.11). Aos crentes é mister um ouvido discernidor e uma língua crítica, que possam distinguir entre a verdade e o erro e ver a diferença entre o banquete oferecido por Deus e o guisado colocado à sua frente pelo diabo. 5) Segue a sinceridade. Sê o que pareces ser. Não sejas como os remadores, que olham para um lado e remam para outro. Não olhes para o céu, com tua profissão de fé, para, então, remar em direção ao inferno, com tuas práticas. Não finjas ter o amor de Deus, ao mesmo tempo que amas o pecado. A piedade fingida é uma dupla iniqüidade. Que teu coração seja reto perante Deus. Quanto mais simples é o diamante, tanto mais precioso ele é; e quanto mais puro é o coração, maior é o valor que Deus dá à sua jóia. O salmista disse sobre Deus: “Eis que te comprazes na verdade no íntimo” (Sl 51.6). 6) Nunca te esqueças da prática do auto-exame. Estabelece um tribunal em tua própria alma. Tem receio tanto de uma santidade mascarada quanto de ires para um céu pintado. Julgas-te bom porque outros assim pensam de ti? Permite que a Palavra seja um ímã com o qual provarás o teu coração. Deixa que a Palavra seja um espelho, diante do qual poderás julgar a aparência de tua alma. Por falta de autocrítica, muitos vivem conhecidos pelos outros, mas morrem desconhecidos por si mesmos. “De noite indago o meu íntimo”, disse o salmista (Sl 77.6). 7) Mantém vigilância quanto à tua vida espiritual. O coração é um instrumento sutil, que gosta de sorver a vaidade; e, se não usarmos de cautela, atrai-nos, como uma isca, para o pecado. O crente precisa estar constantemente alerta. Nosso coração se assemelha a uma “pessoa suspeita”. Fica de olho nele, observa o teu coração continuamente, pois é um traidor em teu próprio peito. Todos os dias deves montar guarda e vigiar. Se dormires, aí está a oportunidade para as tentações diabólicas. 8 ) O povo de Deus deve reunir-se com freqüência. As pombas de Cristo devem andar unidas. Assim, um crente ajudará a aquecer ao outro. Um conselho pode efetuar tanto bem quanto uma pregação. “Então, os que temiam ao SENHOR falavam uns aos outros” (Ml 3.16). Quando um crente profere a palavra certa no tempo oportuno, derrama sobre o outro o óleo santo que faz brilhar com maior fulgor a lâmpada do mais fraco. Os biólogos já notaram que há certa simpatia entre as plantas. Algumas produzem melhor quando crescem perto de outras plantas. Semelhantemente, esta é a verdade no terreno espiritual. Os santos são como árvores de santidade. Medram melhor na piedade quando crescem juntos. 9) Que o teu coração seja elevado acima do mundo. “Pensai nas coisas lá do alto” (Cl 3.2). Podemos ver o reflexo da lua na superfície da água, mas ela mesma está acima, no firmamento. Assim também, ainda que o crente ande aqui em baixo, o seu coração deve estar fixado nas glórias do alto. Aqueles cujos corações se elevam acima das coisas deste mundo não ficam aprisionados com os vexames e desassossegos que outros experimentam, mas, antes, vivem plenos de alegria e de contentamento. 10) Consola-te com as promessas de Deus. As promessas são grandes suportes para a fé, que vive nas promessas do mesmo modo que o peixe que vive na água. As promessas de Deus são quais balsas flutuantes que nos impedem de afundar, quando entramos nas águas da aflição. 11) Não sejas ocioso, mas trabalha para ganhar o teu sustento. Estou certo de que o mesmo Deus que disse: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar”, também disse: “Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra”. Deus jamais apoiou qualquer ociosidade. Paulo observou: “Estamos informados de que, entre vós, há pessoas que andam desordenadamente, não trabalhando; antes, se intrometem na vida alheia. A elas, porém, determinamos e exortamos, no Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando tranqüilamente, comam o seu próprio pão” (2 Ts 3.11-12). 12) Ajunta a primeira tábua da Lei à segunda, isto é, piedade para com Deus e eqüidade para com o próximo. O apóstolo Paulo reúne essas duas idéias, em um só versículo: “Vivamos, no presente século… justa e piedosamente” (Tt 2.12). A justiça se refere à moralidade; a piedade diz respeito à santidade. Alguns simulam ter fé, mas não têm obras; outros têm obras, mas não têm fé. Alguns se consideram zelosos de Deus, mas não são justos em seus tratos; outros são justos no que fazem, mas não têm a menor fagulha de zelo para com Deus. 13) Em teu andar perante os outros, une a inocência à prudência. “Sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mt 10.16). Devemos incluir a inocência em nossa sabedoria, pois doutro modo tal sabedoria não passará de astúcia; e precisamos incluir sabedoria em nossa inocência, pois do contrário nossa inocência será apenas fraqueza. Convém que sejamos tão inofensivos como as pombas, para que não causemos danos aos outros, e que tenhamos a prudência das serpentes, a fim de que os outros não abusem de nós nem nos manipulem. 14) Tenha mais medo do pecado que dos sofrimentos. Sob o sofrimento, a alma pode manter-se tranqüila. Porém, quando um homem peca voluntariamente, perde toda a sua paz. Aquele que comete um pecado para evitar o sofrimento, assemelha-se ao indivíduo que permite sua cabeça ser ferida, para evitar danos ao seu escudo e capacete. 15) Foge da idolatria. “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1 Jo 5.21). A idolatria consiste numa imagem de ciúme que provoca a Deus. Guarda-te dos ídolos e tem cuidado com as superstições. 16) Não desprezes a piedade por estar sendo ela perseguida. Homens ímpios, quando instigados por Satanás, vituperam, maliciosamente, o caminho de Deus. A santidade é uma qualidade bela e gloriosa. Chegará o tempo quando os iníquos desejarão ver algo dessa santidade que agora desprezam, mas estarão tão removidos dela como agora estão longe de desejá-la. 17) Não dá valor ao pecado por estar atualmente na moda. Não julga o pecado como coisa apreciável, só porque a maioria segue tal caminho. Pensamos bem sobre uma praga, só porque ela se torna tão generalizada e atinge a tantos? “E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as” (Ef 5.11). 18) No que diz respeito à vida cristã, serve a Deus com todas as tuas forças. Deveríamos fazer por nosso Deus tudo quanto está no nosso alcance. Deveríamos servi-Lo com toda a nossa energia, posto que a sepultura está tão perto, e ali ninguém ora nem se arrepende. Nosso tempo é curto demais, pelo que também o nosso zelo de Deus deveria ser intenso. “Sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor” (Rm 12.11). 19) Faze aos outros todo o bem que puderes, enquanto tiveres vida. Labuta por ser útil às almas de teus semelhantes e por suprir as necessidades alheias. Jesus Cristo foi uma bênção pública no mundo. Ele saiu a fazer o bem. Muitos vivem de modo tão infrutífero, que, na verdade, suas vidas dificilmente são dignas de uma oração, como também seu falecimento quase não merece uma lágrima. 20) Medita todos os dias sobre a eternidade. Pois talvez seja questão de poucos dias ou de poucas horas - haveremos de embarcar através do oceano da eternidade. A eternidade é uma condição de desgraça eterna ou de felicidade eterna. A cada dia, passa algum tempo a refletir a respeito da eternidade. Os pensamentos profundos sobre a eterna condição da alma deveriam servir de meio capaz de promover a santidade. Em conclusão, não devemos superestimar os confortos deste mundo. As conveniências do mundo são muito agradáveis, mas também são passageiras e logo se dissipam. A idéia da eternidade deve ser o bastante para impedir-nos de ficar tristes em face das cruzes e sofrimentos neste mundo. A aflição pode ser prolongada, mas não eterna. Nossos sofrimentos neste mundo não podem ser comparados com nosso eterno peso de glória. Considerai o que vos tenho dito, e o Senhor vos dará entendimento acerca de tudo. 

 A Origem do mal - Entendendo o início de tudo 


Na história do Universo nunca houve – nem haverá – traição maior. A criatura que representava a mais magnificente obra de seu Criador ressentiu-se de que sua glória era apenas emprestada, de que o papel que lhe estava destinado era o de tão somente refletir a infinita majestade do Deus que lhe deu o fôlego da vida. Dessa maneira, nasceu no coração de Lúcifer – e, em última análise, no recém-criado universo moral – o desprezível impulso da rebelião. Esse impulso originou a insurreição angélica que foi a mais terrível sedição na história em todos os tempos.

Uma questão preliminar

Por mais importante e original que tenha sido essa rebelião angélica, as Escrituras não incluem um registro específico do evento. No Antigo Testamento, Satanás aparece pela primeira vez no relato da queda de Adão (Gn 3). Ali, no entanto, ele já era o tentador caído que seduziu os primeiros seres humanos ao pecado. Dessa forma, já no início das Escrituras, a queda de Satanás é tratada como fato. Mas, por razões que não são esclarecidas em nenhum lugar, o próprio relato de sua queda está ausente nesse registro.
Ainda assim, o evento é lembrado duas vezes nos escritos dos profetas: por Isaías, em meio a uma inspirada diatribe contra a Babilônia (Is 14.11-23), e, mais tarde, por Ezequiel, quando ele repreende duramente o rei de Tiro (Ez 28.11-19). Essas duas passagens contam-nos a maior parte do que sabemos sobre a queda de Satanás.
Entretanto, aqui temos algumas dificuldades exegéticas. Em ambas as passagens, a menção da rebelião de Lúcifer aparece abruptamente num contexto que não trata, especificamente, de Satanás. Esse fato levou muitos estudiosos da Bíblia a rejeitar a idéia de que as passagens se referem a uma rebelião luciferiana e a insistir que elas focalizam exclusivamente os governantes humanos das nações pagãs às quais são dirigidas.
Apesar disso, é preferível entender que Isaías e Ezequiel propositalmente queriam levar os leitores para além dos crimes de reis humanos, guiando-os até a percepção do grande arquétipo do mal e da rebelião, o próprio Satanás. Essas passagens incluem descrições que, mesmo levando em conta a inclinação ao exagero por parte de governantes da Antiguidade, não poderiam ser atribuídas a qualquer ser humano. O emprego da primeira pessoa do singular (por exemplo: “Eu subirei...”; “exaltarei o meu trono...”; “me assentarei...”) em Isaías 14.13-14 refletiria um nível de ostentação indicativo de insanidade, caso fosse proferido por um mero ser humano, mesmo em se tratando de um dos monarcas pagãos babilônicos, que a si mesmos divinizavam. E qual rei de Tiro poderia ser descrito como “cheio de sabedoria e formosura... Perfeito... nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado...” (Ez 28.12,15)?
Além disso, a Bíblia ensina explicitamente que a perversidade do mundo visível é influenciada e animada por um domínio povoado por espíritos caídos, invisíveis (Dn 10.12-13; Ef 6.12), e que, em sua campanha traiçoeira e condenável de frustrar os propósitos do Deus verdadeiro, esses espíritos maus são dirigidos por Satanás, o “deus deste século” (2 Co 4.4).
É característico dos escritores bíblicos fazer a conexão entre o mundo visível e o invisível, e isso de forma tão abrupta que pega o leitor momentaneamente desprevenido. Quando Pedro expressou seu horror ante o pensamento da morte de Jesus, o Senhor lhe respondeu “Arreda, Satanás!” (Mt 16.23; cf. 4.8-10). De forma semelhante, repentinamente e sem aviso, o profeta Daniel pula de uma descrição profética sobre Antíoco Epifânio (Dn 11.3-35) para uma descrição similar do Anticristo dos tempos do fim (Dn 11.36-45). Antíoco, governante selêucida no período intertestamentário, precede o vilão maior que conturbará a terra nos últimos dias. Um salto abrupto e não-anunciado do mundo político ganancioso, auto-engrandecedor, visível, para o drama arquetípico que se desenrola num mundo invisível aos seres humanos – mas que, apesar de não ser visto, deu origem às atitudes denunciadas nessas passagens –, tal salto não está fora de lugar nas Escrituras.
Finalmente, por trás das conexões feitas nessas duas passagens pode muito bem estar um tema que freqüentemente retorna nas Escrituras. Nos tempos primitivos da Terra após a queda, os rebeldes de Babel estavam determinados a construir “uma cidade e uma torre” (Gn 11.4). A cidade era um centro de atividade comercial, enquanto a torre representava o ponto focal do culto pagão. Essa dupla caracterização do cosmo como expressão de egoísmo (o espírito ganancioso do comercialismo não-santificado) e de rebelião (a busca por ídolos) ressoa ao longo de toda a Palavra de Deus, chegando a um clímax em Apocalipse 17-18, onde anjos que se mantiveram fiéis a Deus anunciam a tão esperada e muito merecida destruição da Babilônia religiosa e comercial.
É instrutivo notar que enquanto todo o trecho de Ezequiel 26-28 repreende severamente a Tiro – o mais importante centro de comércio e de riqueza nos dias desse profeta – Isaías 14 denuncia Babilônia, que representa o centro da falsa religião ao longo de toda a Escritura. Talvez essa caracterização do cosmo caído como “cidade e torre” – tão importante naquilo que a Escritura afirma em relação ao mundo em rebelião contra Deus – ajude a explicar o salto dado pelos profetas nas passagens que consideramos. Quando contemplavam a cultura de seu tempo, que incorporava perfeitamente um elemento do cosmo caído, cada um deles se sentiu compelido pelo Espírito superintendente de Deus a focalizar a rebelião angélica dos tempos primitivos, a qual animava a rebelião humana que estavam denunciando.
Dessa forma, essas duas críticas severas, que identificam os espíritos perversos de cobiça inescrupulosa e rebelião espiritual, ajudam a explicar por que tais espíritos predominam tantas vezes ao longo da história humana. Os textos referidos, ao mesmo tempo, também antecipam a destruição profeticamente narrada em Apocalipse 17 e 18.

A linhagem de Satanás

De Isaías 14 e Ezequiel 28 emerge um quadro relativamente extenso de Satanás antes de sua rebelião.
Sua pessoa: Ele foi o ser mais exaltado de toda a criação (Ez 28.13,15), a mais grandiosa das obras de Deus, um ser celestial radiante, que refletia da maneira mais perfeita o esplendor de seu Criador. Assim, ele apropriadamente era chamado de Lúcifer. Essa palavra vem de uma raiz hebraica que significa “brilhar”, sendo usada unicamente como título para referir-se à estrela de maior brilho e cujo resplendor mais resiste ao nascimento do Sol. O nome Lúcifer tornou-se amplamente usado como título para Satanás antes de sua rebelião porque é o equivalente latino dessa palavra. Na realidade, é difícil saber com certeza se o termo foi empregado com o sentido de nome próprio ou de expressão descritiva.
Seu lugar: Ezequiel afirmou que esse anjo exaltado estava “no Éden, jardim de Deus” (Ez 28.13). Aqui, a referência não é ao Éden terreno que Satanás invadiu para tentar a humanidade, mas à sala do trono em que Deus habita em absoluta majestade e perfeita pureza (veja Is 6; Ez 1). Ezequiel 28 também chama esse lugar de “monte santo de Deus”, onde Lúcifer andava “no brilho das pedras” (v. 14). Essas descrições não são apropriadas ao Éden terreno, mas adequadas à sala do trono de Deus, conforme representações em outros lugares da Escritura.
Sua posição: Satanás é denominado “querubim da guarda ungido” (Ez 28.14). Querubins representam a mais alta graduação da autoridade angélica, sendo seu papel guardar simbolicamente o trono de Deus (compare os querubins esculpidos flanqueando a arca da aliança – o trono de Javé – no Tabernáculo ou Templo, Êx 25.18-22; Hb 9.5; cf. Gn 3.24; Ez 10.1-22). Lúcifer foi ungido (consagrado) por sentença deliberada de Deus (Ez 28.14: “te estabeleci”) para a tarefa indizivelmente santa de guardar o trono do todo-glorioso Criador. Ele é descrito como sendo dotado de beleza inigualável, vestido de luz radiante, equipado com sabedoria e capacidade ilimitadas, mas também criado com o poder de tomar decisões morais reais. Portanto, a obrigação moral mais básica de Satanás era a de permanecer leal a Deus, de lembrar sempre que, independentemente de quão elevada fosse a sua posição, seu estado era o de um ser criado.

A queda de Satanás

Neste ponto, encontramo-nos diante de um dos mais profundos mistérios do universo moral, conforme revelado nas Escrituras: “Como é que o pecado entrou no universo?” Está claro que a entrada do pecado tem conexão com a rebelião de Satanás. Mas, como foi que o impulso perverso surgiu no coração de alguém criado por um Deus perfeitamente santo? Diante de tal enigma, temos de reconhecer que as coisas encobertas de fato pertencem a Deus; as reveladas, no entanto, pertencem a nós (Dt 29.29). E três dessas realidades claramente reveladas merecem ser enfatizadas:
Primeiro: a queda de Lúcifer foi resultado de sua insondável e pervertida determinação de usurpar a glória que pertence unicamente a Deus. Esse fato é explicitado em uma série de cinco afirmações que empregam verbos na primeira pessoa do singular, conforme registradas em Isaías 14.13-14. Nisto consiste a essência do pecado: o desejo e a determinação de viver como se a criatura fosse mais importante que o Criador.
Segundo: Satanás é inteira e exclusivamente responsável por sua escolha perversa. Nisso existe uma dimensão inescrutável. Alguns têm argumentado que Deus deve ter Sua parcela de responsabilidade por este (e todo outro) crime, porque, caso fosse de Seu desejo, poderia ter criado um mundo em que tal rebelião fosse impossível. Outros dizem que, se Deus tivesse criado um mundo em que apenas se pudesse fazer o que o seu Criador quisesse, nele não poderiam ser incluídos agentes morais feitos à imagem de Deus, dotados da capacidade de tomar decisões reais – e, conseqüentemente, de escolher adorar e amar a Deus. Há verdade nessa observação, mas também há mistério. O relato deixa claro que o orgulho fez com que Lúcifer caísse numa terrível armadilha (Is 14.13-14; Ez 28.17; cf. 1 Tm 3.6), mas nada explica como tal orgulho de perdição pode surgir no coração de uma criatura de Deus não caída e perfeita.
No entanto, não há mistério quanto ao fato de que Satanás é, totalmente e com justiça, responsável pelo seu crime. Ezequiel 28.15 afirma explicitamente que Lúcifer era perfeito desde o dia em que foi criado, “até que se achou iniqüidade em ti”. A culpabilidade moral é dele, e apenas dele. Na verdade, em toda sua extensão, a Bíblia afirma que Deus governa soberanamente o universo moral e controla todas as coisas – inclusive a maldade de homens e anjos – para que correspondam aos seus perfeitos propósitos. Mas ela também ensina que Deus não deve e não será responsabilizado por essa maldade, em qualquer sentido.
Finalmente, por causa de sua rebelião, Satanás tornou-se o arquiinimigo de Deus e de tudo o que é divino. Sua queda – bem como a dos espíritos que se uniram a ele – é irreversível; não há esperança de redenção. Satanás foi privado da comunhão com o Deus santo de forma final e irrecuperável. Para ser exato, Satanás ainda tem acesso à sala judicial do trono do Universo por causa de seu papel de acusador dos irmãos, papel este que lhe foi designado divinamente (Jó 1 e 2; Zc 3; Lc 22.31; Ap 12.10). Tal acesso, no entanto, é destituído da comunhão com Deus ou da Sua aceitação. Devido à sua traição, que foi a mais terrível na história do cosmo, Satanás e seus anjos somente podem esperar a condenação e a punição eternas.
 Nos tempos primitivos da Terra após a queda, os rebeldes de Babel estavam determinados a construir “uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus” (Gn 11.4).
Lúcifer: essa palavra vem de uma raiz hebraica que significa “brilhar”, sendo usada unicamente como título para referir-se à estrela de maior brilho e cujo resplendor mais resiste ao nascimento do Sol.
Lúcifer andava “no brilho das pedras” (Ez 28.14). Essa descrição refere-se à sala do trono de Deus, conforme representações em outros lugares da Escritura.
(Mt 25.41). (Douglas Bookman - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)
COMO SE TORNAR UM ADORADOR
COMO SE TORNAR UM ADORADOR“Existe um reavivamento de adoração que está ocorrendo nos corações dos crentes ao redor do mundo. O Senhor está nos levando, soberanamente para um novo nível de adoração vibrante, pessoal e apaixonada.”                                             Lamar Boschman
 O que é adoração?Eu posso descrever da seguinte forma, adoração é a entrega daquilo que há dentro de mim, é a expressão de um coração rendido a grandeza ou supremacia de um ser. O louvor que pode ser entregue e expressado por música, dança, meditação, oração, poesia ou qualquer outra expressão de rendição.Segundo Lamar Boschman, adoração é:
"Entregar-se a Deus – Adoração não é para homens e sim para DEUS.Proclamar quem Ele é, declarar e cantar os seus atributos.Uma atitude do coração.Amor expressado." 
Adoração é uma resposta de amor por causa de um relacionamento.Muito interessante esta descrição sobre o que é adoração, o que me chama atenção é o fato dele descrever a adoração como uma atitude do coração, o que de fato assim deve ser. Outro ponto é a afirmação desta ser uma resposta de amor por causa de um relacionamento. Somente os íntimos podem desfrutar de um verdadeiro relacionamento com Deus. Não que Deus deixaria de ouvir o louvor, as lágrimas, a oração de qualquer um dos seus filhos, mas podemos ver que a própria bíblia nos deixa bastante claro no livro de João capítulo 4, onde Jesus fala com a mulher samaritana e a ela ele diz: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, por que o Pai procura a tais que assim o adorem.”Os verdadeiros adoradores são aqueles que buscam e vivem um relacionamento com o Pai, o próprio Jesus quando andou aqui na terra demonstrou que amava a todos os seus discípulos, mas vemos que haviam aqueles que eram os mais íntimos do mestre, aqueles a quem ele mesmo se mostrou em glória, e tinha um relacionamento mais direto.Podemos observar que Deus não procura somente por adoração, mas por adoradores!O louvor e a adoração devem ser contínuos. Há uma atitude errada e equivocada em muitos cristãos na questão da adoração, muitos acreditam que só estão adorando nos momentos em que um grupo de louvor está no palco tocando uma música que fala em adorar, ou qualquer outra que facilmente emocione, seguida por uma boa composição musical, acompanhada pelo som dos instrumentos musicais. Outros pensam que é erguer as mãos, e vergonhosamente só fazem quando se é solicitado. Há ainda os que enxergam a adoração somente como música, e este é o problema, não sabemos adorar àquele que amamos.Devemos encarar a adoração como um estilo de vida! A adoração a Deus é o nosso louvor, o TEHILAH (the-hil-law).Há muitas formas de entregarmos uma adoração perfeita a Deus, comece fazendo aquilo que é mais importante, que é entregando totalmente o seu coração a ele, remova tudo o que possa estar ocupando o lugar Dele no seu coração, e as vezes não notamos a esta coisa tão importante,  permitimos que coisas fúteis afastem nosso coração do Senhor, dedicamos nosso maior tempo a estas futilidades do dia-a-dia, quando eu as chamo de futilidades é atribuindo este sentido a elas quando diante da grandeza de Deus.Todas demais coisas podem tornar-se fúteis, desnecessárias. Ainda que não sejam, elas podem acabar ocupando o primeiro lugar dos nossos pensamentos, e este é o maior risco que corremos nas nossas vidas, quando tudo o que nos cerca, tudo aquilo em que nos ocupamos, independente do que seja, trabalho, família, filhos, estudos, internet, amigos, festas, ministérios, igrejas enfim, quando todas estas coisas começam a ocupar o nosso pensamento chegando a estar no primeiro lugar.A verdadeira adoração requer um esforço!A verdadeira adoração requer uma emoção mais forte e intensa!A verdadeira adoração não deixa de ser racional, humana, e também não deixa de ser clara e expressiva.“ Você está com receio de mostrar as suas emoções? Está com receio de desfrutar os sentimentos que vêm da presença de Deus?Adoradores querem chegar perto de Deus. Eles tiram tempo em uma íntima comunhão com o Senhor”Lamar BoschmanTalvez você tenha uma vida tão corrida, com dias ocupados e um stress muito grande, mas passe a ter hábitos de orar dentro de si, falar com Deus o adorando, quando as circunstâncias ao seu redor forem as piores, as mais adversas, tudo estiver ruim, passe a glorificar a Deus no seu interior, se possível cante, ofereça a Deus as palavras que estão dentro de você, as mesmas palavras que você o descreve faça delas o seu louvor. Acredite, Deus recebe de maior agrado a sua própria composição musical, do que meras repetições de letras de uma música que você decorou, ou que aprendeu na sua igreja, ou escutando algum cd.Adoração é dar graças ao Senhor!
 

“Bendirei ao Senhor em todo o tempo: o seu louvor estará continuamente na minha boca.” (Salmo 34.1)
By Lukas Kawauker

JOYCE MEYER - SEU FUTURO COMEÇA HOJE - PARTE 1/5


ORAÇÃO DE UM PECADOR   Oi Jesus, sou eu..
Vim falar com o Senhor mais uma vez… Me sinto constrangido… Sempre é a mesma coisa… Peco e depois vou falar contigo pedindo perdão, mas me sinto um mentiroso, porque sempre acabo voltando as mesmas práticas… Só que no meu coração há o desejo de viver pra ti. Não queria estar neste ciclo… Mas eu não consigo!!! Na verdade nem queria estar aqui falando com o Senhor…. Não pelo Senhor, mas por mim mesmo. Poxa!! De novo cai e venho aqui falar com o Senhor… Mas e amanhã? Vou ficar caindo e pedindo perdão??? É muita cara de pau! Já não aguento mais isso!
Oi filho! Que bom que você veio falar comigo! Tenho visto você viver esse ciclo de quedas.
Pois é! To aqui buscando perdão mas já com medo de amanhã! Parece que há uma certeza de que vou retornar a cair!!!
Filhão….o problema é que você não está verdadeiramente arrependido. O que você está sentindo é remorso. Está chateado com você mesmo, com o fato de não ser bom o suficiente pra mim. Só que você deveria se entristecer por estar pecando contra mim e não por “me desapontar”. Remorso está para Judas assim como arrependimento está para Pedro.
Mas claro que estou desapontado comigo mesmo! Eu sou um lixo!
Filho, aprenda: Remorso gera frustração, arrependimento gera frutos. O verdadeiro arrependimento precisa gerar frutos (Mateus 3:8). Isso é se reconciliar comigo.
Mas Jesus, eu não presto pra nada! To pecando direto!
Filho, o diabo é o acusador. Ele vai ficar lançando pensamentos em sua cabeça para que você se sinta um lixo. Dessa maneira, em vez de você se arrepender, sente remorso, sente pena de você mesmo por não alcançar algo que queria e falhou.  Remorso vem do homem mas o arrependimento é gerado pelo Espirito Santo.
Hum… Mas…. Eu não sei o que fazer…
Filho, a você tem deixado a voz do diabo falar mais do que minha voz. Por exemplo: Quando você faz algo que me adora, o diabo diz: - Hunf! Vamos ver até quando isso vai… Aposto que vai cair logo, logo! Por outro lado, o Eu te digo: - Meu filho amado, estou feliz por isso. Eu te amo! Você é especial para mim e tenho um propósito em sua vida. Agora, quando você peca o diabo diz: - Não falei? Não falei???? Hahahaha! Você não vale nada!!! Você é isso ai seu lixo! Acha que engana quem com essa cara! Esse é seu “eu” verdadeiro! Hahaha! Que cara podre! Por outro lado, eu digo: - Meu filho amado, em mim você encontra perdão. Eu continuo te amando! Você é especial para mim e tenho um propósito em sua vida. Mas você insiste em ouvir a voz do diabo…
Mas…. Eu to pecando direto!
Filho, por isso mesmo eu morri por você na cruz. Eu sei que você é falho, mas não há nada que você possa fazer que vá diminuir meu amor por você, meu amor é mais forte que a morte!
… Hum… Mesmo com este tanto de pecados? Eu fiz isso, aquilo e aquilo outro que eu jamais imaginei que faria! Cheguei verdadeiramente no fundo do poço!
Meu filho, não há pecado maior ou mais poderoso que meu sangue vertido na cruz por você.
Ignore a voz do mundo, do diabo e até mesmo a voz do seu próprio coração!
Então, o Senhor ainda me ama?
Hahaha! Claro filho! Meu amor é incondicional. Significa que não há pecado ou atitude suficientemente forte que possa diminuir meu amor por você. (Post Deus não te ama mais…) No entanto, isso não te dá o direito de sair por ai pecando. Eu tenho poder pra te libertar do pecado mas preste atenção como você vai usar essa liberdade.  (Gálatas 5)
E o que eu faço?
Ouça a minha voz. E uma maneria de fazer isso é lendo e conhecendo a bíblia. O que ela diz quando você peca?
Hum… 1 João 1:9 diz: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”
Exato! E ainda tem mais: Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado. (Salmo 32:5) O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. (Provérbios 28:13)
Mas e se eu cair amanhã?
Eu disse, pare de ouvir a voz do seu coração, ouça a minha voz dita na bíblia. Olha estes versos:
Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra. De todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti. (Salmos 119:9-11)
Creia mais em minha palavra do que em seu próprio coração. Ainda que seu próprio coração te aborreça, entregue-se ao que minha palavra diz, pois ela é maior do que seu coração enganoso. (1 João 3:20)
=) Obrigado Jesus!!! Te amo! Obrigado por me perdoar e limpar-me dos pecados. Obrigado por morrer na cruz e mostrado seu imenso e incondicional amor.
Também te amo filho! Sempre te amei! Antes de você  nascer eu já te amava. Tenho um propósito em sua vida e eu quero cumprí-lo!
Valeu Jesus! Amém… Continue lendo (parte 2)... 
Escrito por
http://naomordamaca.com/2011/09/02/oracao-de-um-pecador/ 
Oração de um pecador - Parte 2
Jesus?
Oi filhão! =D
Er.. Oi… Sou eu de novo… To aqui de volta… Cansado e triste.
Porque?
Ah Jesus! Eu tentei! Tentei me levantar mas não consigo! Depois de nossa última conversa pensei que tudo iria fluir tranquilamente, mas ainda assim cai novamente! Isso parece impossível, nunca vou vencer!!
Você tem razão filho…
O que???? É impossível mesmo? Eu nunca vou vencer???
Exatamente! Você é carne, tem a tendência natural para o pecado.  É impossível deixar de pecar… MAS é nesse momento que entra o milagre da cruz. VOCÊ nunca vai vencer mesmo porque quem vence, SOS NÓS! Você tem tentado vencer o pecado atravé de sua própria força, mas é na minha força que você vencerá! Lembra na semana passada o que te falei sobre os frutos de arrependimento?
Sim…
Então, conseguiu gerar algum?
No começo até que estava indo bem, mas depois…
Isso porque você se apoiou em sua força e em seu conhecimento. Achou que sozinho poderia vencer o pecado só que é o Espirito Santo quem vence o pecado em sua vida. Eu te falei que é Ele quem iria gerar em você o verdadeiro arrependimento. Outra pergunta, quanto tempo você investiu lendo minha palavra e me buscando em oração nesta semana?
Hum…. Bem pouco…
Filhão, lembra de João 15?
Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor. Tenho-vos dito isto, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo. O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer. Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.
É preciso estar ligado na videira que sou eu filhão!
Mas é difícil voltar a orar como antes….
Filho, é como academia. Você não entra levantando 20k na primeira semana. Começa com pouco e gradativamente, a medida que seus musculos vão ficando fortes você levanta pesos maiores. Não estou aqui dizendo para você ler o novo testamento na primeira semana nem pra ficar orando por horas. Comece aos poucos, nem que for um único versículo, nem que for 5 minutos de suas 24h diárias.
Entendi…. Estava afhando que em minha própria força eu venceria… É em Tua força que eu vou vencer e ser liberto do pecado, mas se não buscar ao Senhor e ao Seu Espirito, vou novamente cair. Preciso estar ligado na videira que é o Senhor.
É isso mesmo!
Mas e se eu cair de novo?
Bom, então levante de novo! Todo pecado, gera consequencias e sempre você terá que arcar com elas, mas através de meu sangue você encontra perdão e em mim um incondicional amor! Eu simplesmente jamais vou desistir de você. Não interessa o que ocorra, sempre estarei te amando e desejando cumprir em você os meus propósitos.
=D obrigado mais uma vez Jesus! Desta vez vou vencer através do poder do Teu Santo Espírito e não na minha força. Também te amo e quero fazer Tua vontade em minha vida!
Amém…
Thiago Lima Barros  
Desde o seu início, a cristandade se defrontou com o problema da santificação. E atribuir a característica de “problema” a uma temática tão cara ao ideal cristão não é para menos: embora o Deus Triúno tenha estabelecido, há tempos imemoriais, um padrão próprio de santidade, baseado na vivência interior e na sublimidade da interação com o sobrenatural, o ser humano sempre tendeu ao diametralmente oposto: transferiu a santidade para o âmbito externo, corporal, e banalizou a experiência com o sagrado, dando-lhe uma conotação descabidamente personalizada.
No campo da afetividade, então, é que a coisa fica braba. Da conotação especial dada por Deus à relação homem/mulher, o homo sapiens tratou de avacalhar: em nome de uma suposta santidade, pecaminizou o contato físico – sexo no casamento incluído – e entronizou a ascese e o celibato como ideais de pureza cristã. Porém, como a auto-repressão é nitroglicerina pura para a frágil alma humana, a ausência de uma necessidade intrínseca causa uma explosão pecaminosa. Ô circulozinho mardito!
Ao longo dos séculos, outro efeito colateral dessa repressão se fez sentir no campo da hamartiologia. É notório que nesse período surgiram entre nós, que somos frutos da Reforma, pessoas corruptoras da graça e da liberdade em Cristo, que arrogaram para si um papel nitidamente romanista: o de inquisidores. Verdadeiros Torquemadas, eles corromperam não só famílias, mas igrejas inteiras, ensinando a mesma heresia romana de que há hierarquia entre pecados. Não satisfeitos com isso, trataram de encastelar a imoralidade sexual no mesmo patamar da blasfêmia contra o Espírito Santo. Pronto: passamos a ter dois pecados imperdoáveis! Sim, pois embora não confessem explicitamente tal heresia, os verdugos mencionados falam e agem como se assim fosse. Negam o caráter de Deus. Distorcem as Escrituras. Lançam mão de uma eisegese (ou seria exejegue?) conveniente à sua crença pagã.
Entendimento bíblico
No entanto, quando nos defrontamos com a busca pela santidade, conforme a vontade de Deus, outro panorama, bem menos peçonhento e obtuso, se descortina diante de nós. J. I. Packer nos dá um excelente ponto de partida:
“Em primeiro lugar, consideremos a palavra em si. Santidade é um substantivo que pertence ao adjetivo santo e ao verbo santificar, que basicamente significa tornar santo. Santo, tanto no hebraico, como no grego, significa separado, consagrado e recriado para Deus. Quando aplicada às pessoas, como ‘santos de Deus’ ou ‘santos’, a palavra [santidade] implica em devoção e assimilação: devoção, no sentido de viver uma vida de serviço para Deus; assimilação, no sentido de imitar, conformar-se a e tornar-se como o Deus a quem se serve. Como cristãos, a implicação é que precisamos assumir a lei moral de Deus como a nossa regra e o Filho encarnado de Deus como o nosso modelo. É aqui que a nossa análise de santidade deve começar”. (J. I. Packer, Redescobrindo a Santidade, Cultura Cristã, p. 16)
É claro que a depravação total do ser humano deve ser levada em consideração quando falamos sobre santidade. Embora não seja calvinista, tenho para mim que todo e qualquer esforço que façamos para nos separarmos do mundo esbarrará em nossa natureza falível. Todos pecaram, e carecem da glória de Deus. Mas não é porque pecamos que meramente nos acomodaremos, à mercê de nossas próprias debilidades. A misericórdia de Deus nos constrange e socorre. Se pecarmos, temos um advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.
A degeneração platônica 
Ora, se a santidade bíblica leva a existência do pecado e do perdão divino em consideração, porque diversos setores da igreja a concebem como um ideal praticamente inatingível, mormente no campo sexual? A resposta está na influência da filosofia platônica no cristianismo dos primeiros séculos.
Os neoplatônicos repudiavam tudo aquilo que significasse o aprisionamento do corpo e dos sentidos a toda e qualquer forma de condicionamento social e mental, concebendo o amor como coisa idealizada, sem contato físico. Não foram poucos os líderes cristãos de nomeada, influenciados por esse tipo de pensamento gentio, com destaque para Santo Agostinho, que, à revelia do preceituado na Bíblia, defenderam uma práxis cristã expurgada do sexo, confundido com o pecado original. Assim, a sexualidade seria o indicador da queda do homem, e mesmo que os casais copulassem apenas com fins de procriação, estariam fazendo algo necessário, mas humilhante.
Dessa forma, Agostinho e outros introduziram entre os cristãos uma nódoa de consciência culpada quando faziam sexo ou tinham sentimentos e impulsos prazerosos, o que arruinou a vida de inúmeros casais, para os quais o sexo passou a ser associado a um "presente do demônio". E mais: A presença do impulso sexual nos seres humanos seria a marca da corrupção da nossa natureza. A maldade humana seria resultante desse tumor sensual e dissoluto existente em todos nós.
Basta ler Gênesis para constatar a falsidade da construção agostiniana. O pecado original foi o da desobediência. Se há uma “marca” no que concerne à rebelião humana contra Deus, essa é a da contraposição às prescrições divinas, e não os impulsos sexuais. Estes surgem naturalmente na adolescência, e são dados por Deus para potencializar e reafirmar o vínculo matrimonial. Se externalizados fora do contexto conjugal, aí sim, se tornam pecado, mas perdoável por Deus. Quando contrasteada com o pensamento paulino, a tese do bispo de Hipona é enterrada de vez. Muito embora fosse celibatário por opção, Paulo jamais buscou impor de cima para baixo o ascetismo à igreja nascente. Talvez apenas tenha compreendido, como nenhum outro, que a vida de solteiro é mais vantajosa quando analisada sob alguns aspectos. Todavia, o magistério paulino apresenta alternativas rigorosamente iguais em sua validade: a comunidade não é obrigada a ele, mas o mesmo não deixa de ser uma recomendação para que aqueles que são atribulados na carne não venham a tropeçar por meio da incontinência. Além do mais, o Apóstolo das Gentes faz uma impugnação pesada contra aqueles que proibiam o casamento, dando a ele, e a tudo o que lhe dizia respeito, inclusive o sexo, o estatuto incontestável de instituição divina.
Nossa prática atual e situação dos jovens 
Enquanto eu e minha esposa Danny analisávamos os dados da pesquisa O Crente e o Sexo do BEPEC, vimos patente o resultado do desvirtuamento do conceito de santidade aplicado à relação entre os dois gêneros. Uma igreja hipócrita foi desnudada: enquanto reverbera contra a imoralidade sexual, não combate nem esse, nem os demais pecados. Censura o mundo, mas se comporta pior do que ele. E essa hipocrisia avulta ainda mais quando nos recordamos (não faz muito tempo, tenho só 29 anos!) da atitude de alguns preletores adultos em eventos para jovens, não apenas em minha antiga denominação, mas em outras Brasil (e mundo) afora: um sentimento patente de superioridade em questões morais. Para esses senhores, os jovens são licenciosos incorrigíveis, bestas fornicadoras que devem ser contidas a todo custo na base do “paustoreio”.
 
Cansei de ouvir esse tipo de pregação mentirosa, mas tambem cansei de tomar conhecimento, a posteriori, que alguns dos ditos pregadores haviam sido pegos com a boca na botija, no mais das vezes em adultério. Mesmo assim, seus sucessores continuam com o mesmo discurso falacioso. E la nave va... Fora o extremo oposto, que é o incentivo à lascívia por parte de líderes inescrupulosos, normalmente de igrejas neopentecas que se pretendem “moderninhas”.
Mas nem tudo está perdido. Quando analisamos os resultados entre os solteiros maiores de 16 anos, especialmente o subgrupo dos jovens entre 16 e 24 anos, que representa 62,02% do universo pesquisado (a qual eu chamo, a partir de agora, de faixa majoritária), ainda vemos um nível de licenciosidade indesejado, mas numa trajetória declinante em relação aos resultados vexatórios apurados entre os casados, e mesmo entre os solteiros acima de 24 anos.
Um exemplo é a questão da virgindade. Se compararmos as respostas da faixa majoritária com as dos casados, percebemos que a maioria (59,75%) se preserva para o matrimônio, seguindo o padrão bíblico, enquanto que entre os casados, a lógica se inverte (56,07% brincaram de médico antes de juntar os trapinhos). Se expurgarmos da faixa majoritária os neopentecostais, o índice de fidelidade à Palavra nesse ponto sobe para 66,52%. O lado positivo essa situação avulta ainda mais quando comparamos esses dados com estatísticas do Ministério da Saúde, onde se percebe um índice alto (26,8%) de iniciação sexual precoce, antes dos 15 anos, na população brasileira.
Acima dos 24 anos, a coisa se complica, pois a inclusão dos 37,98% de solteiros nessa faixa etária eleva a proporção de merendas antecipadas para 66,13%.
Mais uma vez, um motivo de pesar é o desempenho dos pseudopentecostais. A ênfase dessa corrente anticristã no antropocentrismo e no materialismo hedonista tem um claro reflexo comportamental: a maioria dos jovens dessas igrejas avançou o sinal. Mas justiça seja feita: os jovens adeptos dessas igrejas se saem melhor se comparados, por exemplo, com o índice de teratológico de sexo pré-marital encontrado entre os neopentecas casados (76,99%).
A rejeição praticamente universal às práticas homossexuais é outro ponto de convergência entre o standart sagrado e as respostas obtidas. 94,98% do universo dos solteiros jamais manteve relação homossexual; 89,31% sequer tem esse desejo; e 97,03% não mantém, quando da resposta ao questionário, nenhum tipo de relacionamento dessa natureza.
Outra constatação que emerge da pesquisa é a falha das igrejas em orientar os jovens: a maioria dos que se adiantaram (54,57%) tiveram sua primeira vez depois de convertidos. E entre os que vieram de fora nessa situação, 64,58% mantiveram-se no erro. Uma conclusão igualmente válida é a de que os respondentes da faixa majoritária, quando fazem opção de abstinência, o fazem por conta própria, numa decisão de foro íntimo, justamente em face da falha eclesiástica em discipular os jovens no que tange ao sexo.
A percepção do déficit de educação sexual no âmbito eclesiástico prossegue. Tomando-se apenas a faixa majoritária como referência, temos um índice alto de jovens que “ficam” (37,86%), prática essa que pode induzir à infidelidade conjugal num futuro não muito distante. 66,52% se masturbam. Mais de 20% dos casais de namorados têm vida sexual plena e ativa (são casados na prática). E os hábitos e práticas licenciosos, como pornografia, sexo virtual, relações com prostitutas, carícias mais “pesadas”, são correntes para quase 70% da faixa majoritária, atingindo índices duplicados (às vezes triplicados) em relação aos adultos.
Sim, não há desculpa para tais práticas: são pecaminosas, ou por serem feitas fora do contexto matrimonial, ou por serem reprováveis para solteiros e casados, indistintamente. Mas é compreensível que, numa fase em que os hormônios inclinam a psique com mais força para a sexualidade, somada ao desejo do espírito por ter a mente de Cristo, para a busca pela abstinência da conjunção carnal, haja um empuxo contrário em outras áreas sexuais.
E é aqui que os orientadores de jovens têm falhado, mesmo lidando com um público que deseja ardentemente acertar, e acerta mais do que a geração anterior, bem como percebe com mais agudeza a falha de caráter coletiva da Igreja ao tratar desses assuntos.
A falha está justamente no ar de superioridade que demonstram. Porém, conselhos moralistas, vomitados de cima para baixo, mais atrapalham do que ajudam. É preciso mostrar aos jovens que o sexo é, sim, um presente de Deus. Que o usufruto dessa dádiva pode se dar num contexto de santificação de vida, desde que sejam respeitados os limites estabelecidos para cada fase.
Por isso, um conselho aos discipuladores (sempre considerando as honrosas exceções): abandonem a arrogância e a pose de sabichões. Embora com mais experiência, vocês têm errado, e feio, ao pregarem uma coisa que não vivem a quem busca santidade com mais instância do que vocês.
E, consciente de que chovo no molhado para a maioria (glória a Deus por isso!), digo aos jovens, eu, jovem igual a eles: “aquele que coisava, não coise mais”! Procure conservar-se a si mesmo puro antes do casório. Mas se não conseguir, se tropeçar, não é o fim do mundo. Abandone o pecado. Recomece! Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos lavar de toda a (nossa) injustiça.
Fonte leia mais em: http://www.genizahvirtual.com/2011/07/sexo-santo-vixe-isso-existe.html#ixzz1iW3i7RHs

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